terça-feira, 11 de novembro de 2014

Registros fonográficos com o Samba Lenço de Mauá

Sábado, dia 08 de novembro de 2014, eu e Amanda Martins, minha irmã de alma, cumprimos mais uma etapa de nosso trabalho: gravação em estúdio com o grupo Samba Lenço de Mauá.  Desta vez, tivemos a companhia mais que especial da professora Andrea Paula dos Santos, docente da Universidade Federal do Grande ABC, que está nos auxiliando grandemente nesta jornada pelo mundo da escrita. Nos encontramos na estação de trem Mauá e fomos rumo a casa de dona Ana Rosa (filha do seu João, um dos fundadores do grupo) para irmos juntos ao estúdio, em um ônibus fretado para o grupo. Chegando lá no Jardim Zaíra II, estava a dona da casa e a sobrinha Fabiana, também integrante do grupo, que carregou os instrumentos para o ônibus e saímos para o Jardim Zaíra VI para buscar o restante do pessoal que iria para o estúdio. Somente o pessoal que toca e também canta foi para a gravação, juntamente com a Claudete, a puxadora dos sambas. Todavia duas figuras importantes que não se encaixam neste perfil também foram: dona Ana Rosa e dona Braulina, que são integrantes muito antigas do grupo, pessoas de referência para o pessoal. Todo mundo no ônibus, rumamos para São Bernardo do Campo, para o estúdio Baeta. Chegando lá, já estava o seu Kinkas, membro do grupo e coordenador do mesmo. O pessoal retirou os instrumentos e a 7 léguas (tipo uma zabumba), a campanha e o manhoso (também instrumentos de percussão de pele) foram afinados do lado de fora, em um ritual que já vem desde os primórdios do grupo: aguardente é jogada sobre os instrumentos, na pele e nas laterais, para apertar aos poucos a pele. Cada instrumento representa um orixá, a bebida simboliza o oferecimento a este orixá.
Terminada esta etapa, entrada no aquário para gravação, ajusta microfone de voz, microfone de instrumento, todos muito ansiosos e até mesmo um pouco tensos com a situação, mas tudo correu muito bem, interessante notar que a puxadora, a Claudete, ao final da gravação disse que estava preocupada com a maneira de cantar, disse que tentou falar as palavras com o português mais correto possível para que as pessoas possam entender as canções. Achei muito generosa esta preocupação, aliás todos os participantes foram extremamente generosos em compartilhar um pouco destas canções, desta arte tão linda, que através deste material, chegará ao conhecimento de muitas pessoas, que poderão ver um pouco mais das facetas de nossa cultura brasileira.




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